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domingo, 18 de dezembro de 2011

Uma louca ventania

Foi bom enquanto estivestes aqui. Pude saborear-te bem. Vieste forte, pra me acabar. E não  tentei fugir.  Como cachaça curtida, tomei teu porre e senti toda a ressaca do dia seguinte.  Vivi semanas como se o sol não nascesse, como se a lua não aparecesse pra iluminar meu céu. Céu sem estrelas, nuvens. Escuro. Sem nada. Sequei taças de vinho e as preenchi do sangue que escorria pelos meus olhos. Senti todo o amargor e o travor que és. Mas hoje, Dor, ainda que seja chegada a hora, ainda que tenha sido bom, mesmo que doloroso. Amei sofrer junto contigo, melhor, amei a dor que me proporcionastes. Não sei se te quero ver tão cedo, mas hoje o sorriso veio como ventania sem que eu conseguisse impedir. Varreu você daqui e agora te mando esse e-mail pra dizer que estou bem. Estou a sorrir e a curtir a vida como antes de apareceres  e me abraçares. Hoje posso sentir a doçura  e o prazer que tem o beijo da felicidade.


sábado, 22 de outubro de 2011

Um a menos

Vejo olhos mais maduros dentro de mim. E fora percebo vocês assim trêmulos, assim... frágeis. Num simulacro quase que feliz, mas de exalar tanta verdade, exalam também o temor do desamor; que por hora mostra-se num impasse, na duvida do porvir. Com medo do que foi. Se posso à alguém aconselhar digo-vos então com sinceras palavras que o amor não se vai quando a pessoa na teoria deveria desenlaçar todo laço que se fez, todo apreço adquirido. O amor permanece e pra sempre permanecerá, mas de maneira diferente. Vejo-vos hoje e sinto porém, um desejo da fala, um desejo de priorizar o silencio num abraço, mas um abraço não como aquele, medroso, que se fez vulto. Mas silenciar o silêncio e deixar... Deixar que o medo do passado padeça.


Já deixei aí todo o colorido, as fitas e os narizes de palhaço, a tinta ainda está fresca. Continuem a pintar! Riam e usem também as bolas, tecidos, todos meus malabares . O figurino também. Já me despi dessa cena e saí sem que ninguém me pudesse ver.

domingo, 2 de outubro de 2011

Sem . final

E esse aperto cá dentro do peito?

E essa coisa dorida mal poetizada?

E toda essa pontuação?
Interrogação...reticencias, vírgulas, vírgulas...
Que dificuldade de escrever um ponto final!

domingo, 12 de junho de 2011

...


A saudade que me traz aqui é da mais comum possível, mas com um quê muito mais profundo. Ora em mim, vejo a certeza de que o tempo vai me curar; ora  em mim, me vejo aflita, perdida na espera dessa cura que o tempo não trouxe, perdida na fraqueza do meu ser.
Estou cercada dos personagens dessa cultura que desconheço, dessa pessoa que tomou pra si meu chão. Atordoada dessas imagens, fecho meus olhos... e incontrolavelmente,  meu amor se dissolve em lágrimas. Lágrimas cor de sangue. Sangue que se extravia para os olhos.
E o meu querer, sabes bem qual é.  Penso e padeço.  Ah, Esse tempo que me passa não cura, mata.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ela era seca

O príncipe foi coroado antes mesmo de receber a coroa. E pior! Fugiu da corte sem saber da coroação.  E a princesa, pobre plebéia, que estava toda feliz sentiu-se como nas poesias de Vinícius “ Fez-se de triste o que se fez contente e de sozinho o que se fez amante”.  Sentia seu coração comprimido, bem pequenininho, sem saber  por onde andava o príncipe.
 Oh, Deus! Pobre princesa  que depositou nele todo seu amor.
Sempre foi puramente sentimento e depois de toda a busca o príncipe foi achado em outras ilhas vivendo uma vida de rei com uma outra rainha.
Desse dia em diante a princesa não deixou de viver, mas passou a ter um olhar duro, com muita exatidão, sem meias delongas ou qualquer paixão. Dedicou toda sua vida aos miseráveis e costumava dizer que eles sim precisavam de seu amor! E ainda dizem por aí que ela era seca...

domingo, 29 de maio de 2011

Pingos de vela


Sento-me muitas vezes nessa mesma cadeira e curiosamente ao sentar aqui o pensamento é sempre o mesmo. Também,  o que eu queria? Estou sentada num chão frio, de frente pra lua e ao meu lado umas graminhas e folhas secas que eu teimo em rasgá-las e ficar destruindo-as... Olhando o tempo passar, olhando e separando todas as suas "veinhas". É... Eu sei que é estranho. O vizinho passa e sempre dá um ‘boa noite’ como se tivesse pena de mim, da minha "loucura". Fora dessa grama e desse ritual sagrado de todos os dias, eu sou uma mulher madura, bem sucedida, com bastante persuasão e muito cheia de mim. Transformo-me quando sento aqui. Estou sob o olhar da lua, me sinto como me sentia no colo da mamãe quando tinha 5 anos. Ingênua, protegida, ainda assim... Insegura...! Corria sempre para o colo da mamãe pra pedir proteção. Assim é até hoje. Mas já não tenho como correr pro colo da mamãe. Corro pro colo da lua. O ruim é que nela tem todas as minhas marcas. Sabe aquela parte escurinha da lua, que tem gente que diz que é são Jorge? Na verdade são minhas marcas. Minhas dores dos amores, ou melhor, desamores que tive e tenho. Ao olhá-la é impossível não lembrar de cada um com tanta  clareza. E vejo o quanto ainda te fazes presente em meus dias. E se a sugestão for recomeçar, pensemos então que só podemos recomeçar aquilo que já foi começado. Portanto... Já nem preciso dizer quantos recomeços pensados findaram em lágrimas. Lágrimas são pingos de vela na lua.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

FOGO

Filmes e mais filmes teimam em passar na minha mente, só para lembrar-te.
Assim toda saudosa, me vejo perdida a procurar o que ainda falta. Sinto uma tranquila inquietude, talvez por saber que o fim ainda não chegou, mas os ponteiros não param de tic-taquear.
Não posso mais fingir que está tudo ok! que estou satisfeita!
-Também estou feliz!
-MENTIRA!
As palavras pela metade, a vontade de discar teu numero, a falta de coragem de olhar tuas fotos que ainda estão ao lado da minha cama. Preciso acreditar em pesadelos. Isso mesmo, P-E-S-A-D-E-L-O-S!
Como pode então fazer do meu coração assim... papel amassado? elevador apertado? criança se afogando?apartamento pegando fogo? FOGO?FOGO! Está pegando fogo dentro da minha casa! Já estou toda queimada. Salvei meus filhos e suas fotos; aquela camisa vermelha sua, também. As chamas estão cada vez mais altas, está queimando tudo por dentro. Tudo está virando pó.
Como assim? Acabei de ver... lá está seu coração. Você partiu e deixou-o aqui. Calma, tirei-o de perto do fogo, está salvo aqui bem ao lado do meu.

domingo, 24 de abril de 2011

Desumano

-Todo esse desamor me dá embrulho no estômago, falta de apetite, insônia e muito alagamento por dentro e por fora dos meus olhos.


*******
Ilusão, amargura, desamor.
e tudo se repete...
****
E num sinal de fraqueza, orgulho e ainda assim fortidão, lá vai ela novamente tomar banho a fim de as lágrimas se misturarem com as águas, a fim de escoar toda dor que sentia, a fim de acabar com todo amor que possuia.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Queiras, meu anjo!

Os últimos dias sem lápis e papel na mão me foram sufocantes. Nada poderia me aflingir mais do que não poder (ao menos tentar) transcrever o que a tua ausência causa em mim. Perco meu tempo tentando ler, nas tuas ultimas letras escritas. Procuro cada vestígio alfabético teu ainda não lido. Me procuro nas letras achadas, me acho perdida em algumas de tuas canções. Tu não me matas com teu silêncio, mas permita-me te ver. Escorregar por entre teu rosto frio a minha mão tremula e te olhar nesses teu olhos tão negros, ainda que os meus estejam embassados pelo lacrimejar que nele se faz. Permita-me ainda em silêncio te abraçar e sentir mais de perto esse teu cheiro doce. Ah, meu anjo! Cadê você aqui para me proteger? Para onde fostes? Fostes sorrindo, soltastes minha mão dizendo que voltaria para me buscar. Aah, amarga mentira! Amarga mentira, que vem como o caju travando minha boca que suplica pelo beijo teu; pelos teus lábios macios, suaves, leve.
Um calafrio me dá n'alma só de lembrar-te abraçando-me. Queiras, anjo meu! Voltar à casa tua, que é teu este lugar. Nenhum outro anjo, semelhante a ti me deslumbrará. Se te bastar, ofereço-te este amor tão puro que quase se finda, mas ainda resta só para ti em meu coração. Queiras, anjo meu! Queiras-me, anjo meu!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Frevo canção

Oh,  triste melodia,
Que me lembra tantas folias
Que me traz tantas paixões
Ah... esse frevo canção!
Quantas são as marias
Nesse teu joão coração?
Calma, que ainda estou na euforia
do frevo do meio dia, da vassourinha,
do foleão

Tu me massacras noite e dia 
Cantas esse canto sincero
Que nessa linda harmonia
Interroga e massacra meu coração.
Doce vã agonia,
Com tantas outras valias
Fostes provar desse gosto
Doce, calmo é brisa e fogo
Que envenena toda a paixão.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Feito coisa sem valia

Entre um balanço e outro do carro o samba que toca no som acalenta um pouco o meu coração, samba de choro, chorinho de bossa, uma voz doce canta o desencanto de um amor. Fala da lágrima que em seu rosto rolou. Do aperto no peito que sentiu, dessa dor que tão forte apertou, uma dor bem saudosa, travosa como caju. Tudo isso num clima bem nublado, chuva grossa, enxurrada, relâmpagos e trovões embalam uma noite lenta e muito fria, feitas pra serem curtidas debaixo de uma coberta, com filme na TV e quem sabe um chocolate quente para os dois.
-Os dois?
- Sim! O casal perfeito, que se combinam muito, aqueles que se aquecem nesses dias de chuva, que tem um ao outro.
Mas meu dia teve tudo isso, samba, chuva, imprevistos, anoiteceu, relampejou, trovejou, ventou frio, muito frio, doeu bem forte, e ainda dói, amargou, tinha  filme e chocolate quente, um cobertor bem grosso, mas faltou alguém.
Então pego meu violão e começo a tocar aquela música de nós dois, a música da tragédia do nosso amor, aquela bossa quase fossa que mais ainda me amargou. Parei e peguei no chão uma folha amarelada solta feito qualquer coisa sem valia.era uma página velha de um diário, diário de outro alguém; uma história de uma garota que não estava feliz com o fim, pois não o queria. Olhei fixamente para aquelas letras e me pus a ler tremida e silenciosamente aquelas palavras, parecia então a minha história, que começa tão linda e do nada a autora, me parece que é péssima em português, não sabia se colocava uma vírgula ou um ponto final, mas se foi então como me pareceu, queria ela o amor do coração seu. Sabia bem que um ponto final, não seria apropriado, colocou  um ponto e vírgula, mas a pedido, arrancou a folha do seu diário.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Companheira muda

Eis que agora me vi diante do espelho a questionar ao meu próprio eu o que deveras sente esse tão frio coração. Que se acostumou com a solidão e pensou que poderia ser feliz ao casar-se com ela.
-Ah, solidão que me afaga!
Que doce solidão, já nem sinto teu travor. Pensava eu estar bem ao estar só. Mas tu, solidão, me davas quase tudo. Mas nunca me destes um sorriso, nunca fizestes meus olhos brilhar, não cantavas minha musica predileta, não me fazias sonhar. Eu sou muito grata pela companhia que fizestes, pelos copos que bebemos juntas, pelas madrugadas em claro, pelo gole do vinho mais forte naquela noite tão dolorosa. Não fizestes sofrida, a amarga dor da perda antiga. Já me tinhas mostrado uma saída. Qual vã criatura não te escuta?
-Solidão, és companheira muda, que fala por meio do silêncio!
Hoje faço mais uma prece, fecho os olhos e a lágrima desce, um nó se faz na garganta. Tudo estranho e lá pelas tantas, me vejo a te olhar no meu sonho mais bonito. E acordada percebo as lágrimas escorrendo quente no meu rosto, sem que eu possa controlar, sem mudar qualquer feição... natural, quase feita a mão, seu fim parece nem chegar.Mas como boa filha, confio no pai que tenho, entrego tudo a ele, sem reclamar nem fazer desdenho. E peço mais um favor, que seu sol clarei tudo, não deixe que se perca nesse mundo o amor que havias pra mim pensado. Olho pro céu, vejo tudo estrelado, uma constelação embaraçada e minha cabeça tão confusa, se basta ao te abraçar.

" Meu coração é uma maquina de escrever ilusões. Meu coração é uma maquina de escrever. É só você bater pra entrar em minha história"

domingo, 27 de março de 2011

Dizem que eu quem fiz.

Homi, deixe logo de tulice
lembre-se que eu já te disse
que esses versos tão simplórios
que até parece o meu velório
nem é eu nem tu quem diz

é meu coração que fala
e cria, faz de tudo, mas não cala
não desmente, não desvia
nem precisa de alegria
pois quando ele queria,
fui eu quem também quis.

E de vestido azul eu falo,
que eu também não me calo
mas essas letras não são minhas
são de qualquer outra cantoria
que dizem que eu quem fiz.

domingo, 13 de março de 2011

Devolva-me!

O que é isso que vem lá de dentro apertando meu peito?
E lá bem no fim da minha rua, eu vi um suspeito
Que me deu medo, se aproximou e me paralisou
E lá no fundo dos seus olhos vi aquele rapaz que me amou


E no fundo da minha alma senti uma ponta daquele amor
Lágrimas felizes e saudosas da lembranças do que passou
Aquelas lindas palavras, tua voz de tamanha beleza
E só de pensar me via na plenitude da tua leveza

Ah!  mas esse orgulho..., sempre tão grosso, tão fundo.. 
Me deixas ser feliz! me soltas, me tira daqui.
me fazes mal, vais pra bem longe de mim!
dá as tuas voltas e vive a rondar meu mundo

Canse de ver minha tristeza! devolva então minha solidão!
Ah orgulho, quando penso não amo, ajo com razão
Me tira todo teu pensar, me deixe até mesmo se chão
Mas me devolva esse amor, o amor que tive nas mãos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma mescla de nada

 No caos de uma capital, ainda existem lugares perfeitos para "fugir", pra se reunir com os amigos... e na ardência da água tornar ainda mais sensível aquele pensar...
"Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí.. levando um violão em baixo do braço"
Eis que o violão, que já com um nome assim... tão poético, me traz boas lembranças, perfumes, gostos, sons, abraços, passos, fatos!
E cada acorde soado me dá arrepios, me faz permanecer na constante do meu pensar.
Ainda que caiam as lágrimas, ainda que eu não esteja tão sozinha...
O silêncio da madrugada continua sendo meu companheiro...
E aí.. "Se quiserem saber se volto, diga que sim, mas só depois que a saudade se afastar de mim" 
Até lá.. Continuo com esse vazio, essa mescla de saudade, de desejo e de nada..

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ao som de um chorinho

Esse choro vai dar em samba
Essas lágrimas já são tão bambas
Que teu riso, me dá o batuque que preciso.
É quase um truque.

E num passo de mágicas
Penso e Sorrio ao te ver nas canções
Em papeis, sons, violões...

Seja preciso como o vento.
O curioso é que é tão lento
que nem me lembro
se és de fato membro
do meu pensamento,
Ou se de real são só as paixões...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Monólogo interior

Foi um vendaval. Uma espécie de fenomeno da natureza.
Eu senti a mesma coisa quando te perdi. Me vi sem chão. Corram! Chamem a polícia! Invadiram meus sonhos, roubaram minhas oportunidades, me tiraram o alimento.
Riam , riam de mim e chamem os palhaços para a festa. O show começou!
***

Me sentei na areia da praia, naquela noite tão escura, tão sombria...
Ai, Deus! Que vento frio, que dor, que solidão...
Tudo chegou tão de repente e me tirou o que me fazia sorrir, e me despiu, e me deixou de mãos vazias...
Quebraram as minhas regras. Essa não é minha vida, Essa  não é minha constituição
Para onde ir, agora que me vejo assim. sem rumo?
Como posso me entregar em teus braços, Pai, se nem consegui aceitar todas as tuas vontades?
Indigna!
O mundo clama  e suplica mansidão, meu mudo clama e suplica tua paz
Eu ando sozinha pela orla pensando e sentindo o cheiro do mar, o vento dar vida aos cabelos, tentar trazer leveza, porém as luzes se apagam quando passo... o mundo se faz obscuro dentro e fora de mim.

O que me resta é recriar e ainda que sem forças, eu vou me levantar.
Não sou de cristal, nem de ferro... Nem lua assim, satélite, nem estrela a brilhar
Sou de carne e osso, sustentada por um coração, por fora produto frágil, por dentro.. eu já nem sei, não .

Maria Cecília
(Pseudônimo)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Reflexo Lunar

Me peguei numa mesa sentada, com um copo do lado, um violão no colo, cantando a tristeza, cantando a solidão...
Uma taça de vinho tinto. No centro, papeis jogados; no cinzeiro, um cigarro; vermelho bordô nas mãos
Olhos escuros e borrados...
Eu cantei a tristeza! Eu fiz da boemia, minha companheira nos momentos de solidão.
E eu sei que esse canto é o único que embala as minhas noites frias, e a cada gole, vejo no vinho o único que me esquenta. E nessa noite a lua sorridente está minguando meu coração, que insaciavelmente busca uma razão...
Um pranto silencioso... Ouviam-se apenas os pingos de lágrimas a cair no violão.
E no reflexo lunar, vi teu sorriso, te vi passar...

Levantei e fui brincar de criar sonhos, fui brincar de criar a felicidade... Nos sonhos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Saudade



Tantas tentativas e a noite acaba com uma lágrima que escorreu sem se quer ter razão...

E me sucumbindo diante dessa janela, vejo sorrisos e palavras bonitas e...
De repente acelerou, sem controle, meu coração. Deu um nó na garganta, suou toda a minha mão
Foi assim que me vi, sem ti, sem coração.


Esse moço é um bandido! Ele roubou meu coração
Foi pra longe e do nada volta quando quer.
A saudade que veio, foi pra ficar e quero ver o que é!

sábado, 15 de janeiro de 2011

O esperar chegar...

No silêncio dessa madrugada fria, me sinto pronta a derramar todas as lágrimas que por ventura quiserem cair. E a cada gota escorrida horizontalmente neste rosto quente que tenta adormecer, percebe que aquilo que pensara ter adormecido acaba por se remexer...continua deitado, mas já abriu os olhos.
E ainda na incerteza de todas essas coisas da vida e que é a vida, me sinto cada vez mais imersa num sonho admensional criado por Deus.
Contra a minha vontade, os últimos dias, foram sendo acelerados e automatizados; tudo isso para que eu não percebesse a peça que estava e está fora do lugar.
Todas as questões a serem resolvidas. Todas as iniciativas a serem tomadas. Toda a paciência pelo esperar chegar...
Normalmente embalados por música e poesia, meus dias foram se dando e se deram e os que passaram, não darão mais nada! Começo acreditar num "destino" feito por mim e pelo Nazareno, que nenhum astro fora do lugar poderá mudar qualquer que seja a minha força e a minha essência.
Essência é uma palavra que se repete em muitos momentos da minha vida, e que são destacados e transcritos cada vez mais para que eu nunca esqueça de que jamais posso deixar de ser quem realmente sou. Posso acrescentar, mas nunca mudar aquilo que amálgama o meu Ser. Posso fomentar, mas nunca deixar de ser. E que o antes de ontem, ontem ou depois, já não posso mais pesar. O agora passa por mim como uma estrela cadente, e a ele faço o meu pedido.
-Que em nenhum dos meus dias eu deixe de sentir emoção!
Incrivelmente uma calmaria e paciência me toma. Me faz mansa... Me torna tão cheia de tanto vazio preenchido de um amor divinal, que me deixa em pé. Que me acorda todas manhãs, que me faz recomeçar e amar ainda quando não é a minha vontade.
Num coração mole que não consegue se conter, a garganta se faz nó e os olhos se fazem rio, inundam tudo que é sertão e permitem que a seca desse coração, não mate o que foi plantado.
A chuva vem para os que crêem e esperam o sertão virar mar!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Procura-se um jardineiro

Alimentou a fruta com o que não devia
Adivinhou a agua que ela mais bebia
Se fez céu sem estrelas num papel cinzento
Moeu, rasgou e fez a pimenta de vento

Acreditou naquilo que não preferia
Quebrou, lavou a cara só com agua fria
Passou tinta e borracha, apagou com tempo
Se fez cinza e cigarro  enfeitando o centro

Jogaram a cinza fora, que já perecia
Pegaram o cigarro e quase acendiam
Ficou a esperar qualquer fogo de vida
Morreu, fertilizou pra ver o que nascia


E viu que esse terreno o que precisa é água
E viu que esse terreno precisa  é ser regado
E viu que pra regar precisa ter quem regue
E viu que quem regar tem que se apresentar

Bateu, botou  papel e digitou correndo
E se lembrou da frase do pequeno príncipe
Colou e adesivou nas paredes das casas
Anunciou a vaga para o jardineiro.
(cuidar do patrimônio que não foi cuidado
Regar Aquela flor como se fosse única.)