ondragstart='return false'> oncontextmenu='return false'> onselectstart='return false'> expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Procura-se um jardineiro

Alimentou a fruta com o que não devia
Adivinhou a agua que ela mais bebia
Se fez céu sem estrelas num papel cinzento
Moeu, rasgou e fez a pimenta de vento

Acreditou naquilo que não preferia
Quebrou, lavou a cara só com agua fria
Passou tinta e borracha, apagou com tempo
Se fez cinza e cigarro  enfeitando o centro

Jogaram a cinza fora, que já perecia
Pegaram o cigarro e quase acendiam
Ficou a esperar qualquer fogo de vida
Morreu, fertilizou pra ver o que nascia


E viu que esse terreno o que precisa é água
E viu que esse terreno precisa  é ser regado
E viu que pra regar precisa ter quem regue
E viu que quem regar tem que se apresentar

Bateu, botou  papel e digitou correndo
E se lembrou da frase do pequeno príncipe
Colou e adesivou nas paredes das casas
Anunciou a vaga para o jardineiro.
(cuidar do patrimônio que não foi cuidado
Regar Aquela flor como se fosse única.)

4 comentários:

  1. Sabe o que o poema me lembrou, sinceramente? A música "Meu Jardim", do Vander Lee... Senti o mesmo tom de transformação e reinvenção pelo qual passamos em diversas fases da vida!

    Como eu te disse no msn, sou um desastre pra interpretar poemas, nem sei se é isso que você quis dizer, mas é o que entendi... hehehe

    Beijo

    ResponderExcluir