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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Queiras, meu anjo!

Os últimos dias sem lápis e papel na mão me foram sufocantes. Nada poderia me aflingir mais do que não poder (ao menos tentar) transcrever o que a tua ausência causa em mim. Perco meu tempo tentando ler, nas tuas ultimas letras escritas. Procuro cada vestígio alfabético teu ainda não lido. Me procuro nas letras achadas, me acho perdida em algumas de tuas canções. Tu não me matas com teu silêncio, mas permita-me te ver. Escorregar por entre teu rosto frio a minha mão tremula e te olhar nesses teu olhos tão negros, ainda que os meus estejam embassados pelo lacrimejar que nele se faz. Permita-me ainda em silêncio te abraçar e sentir mais de perto esse teu cheiro doce. Ah, meu anjo! Cadê você aqui para me proteger? Para onde fostes? Fostes sorrindo, soltastes minha mão dizendo que voltaria para me buscar. Aah, amarga mentira! Amarga mentira, que vem como o caju travando minha boca que suplica pelo beijo teu; pelos teus lábios macios, suaves, leve.
Um calafrio me dá n'alma só de lembrar-te abraçando-me. Queiras, anjo meu! Voltar à casa tua, que é teu este lugar. Nenhum outro anjo, semelhante a ti me deslumbrará. Se te bastar, ofereço-te este amor tão puro que quase se finda, mas ainda resta só para ti em meu coração. Queiras, anjo meu! Queiras-me, anjo meu!

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