ondragstart='return false'> oncontextmenu='return false'> onselectstart='return false'> expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Uma única essência nas multifaces do meu Eu.

Na prática dos afazeres diário, palavras me vinham e saim perfeitamente sem serem contretizadas no papel. Se esvaiam e perdiam-se no vento que sopravam-nas para longe. Mas em síntese, se não me falha a memória, posso tentar relembrar, mesmo se as palavras já não são as mesmas, ainda prevalece a faculdade inata do Ser, a da criatividade.

Lembrava de que cada vez que penso que menos sei sobre mim, é aí que descubro o quanto me conheço. O quanto cada não-saber se faz fragil dentro de mim. De uma fragilidade sincera e humilde que se fortifica a cada sim dito a mim mesma. E embora a insegurança muitas vezes faça visita ao meu Eu, permaneço convicta e determinada a ser sempre mais amor, principalmente nos momentos que não sei o que fazer. É amar o que me resta! Este é o meu fim.

Numa face centenas de mim, com uma única essência, se manisfestam (ora em horas distintas, ora na confusão de um minuto).

Percebi que o escrever já não pode ser deixado de lado. Escrevo todos os dias, mesmo se só eu sou a leitora de muitos deles, que não saem de uma pasta jamais publicada. A palavra se fez matéria às substâncias e elementos que me compõem . Esta que mesmo limitada é, como já dizia Machado de Assis, "... Criadora, mas é monólogo...". Ela traduz o nosso mundo. O Meu mundo. O Seu mundo. Regurgita a inquietação de um Ser perante os acontecimentos da realidade, não colocarei em questão definições do real. (Mas, é real que a realidade pode não ser realmente o que se realiza no meio social.)
A palavra que se faz leve, toma espaço maior no ego que quem a lê.

E refletindo em mim, mais uma vez percebo que me perco quando tento expôr minhas entranhas.

3 comentários:

  1. Tava lendo em um blog em que o autor Robert Rowland Smith(Café da Manhã com Sócrates-2010),diz que para tocar alguém você precisaria estar perto, mas ao olhar este poderia ser feito a distância. "Olhar está livre das amarras íntimas do toque e se abre para uma dimensão não governada pelo tato. A distância convida aquele que olha a apreciar, objetificar e controlar aquilo que vê". Tem tudo a ver com o processo de escrever, não é?!

    Nesse mesmo blog um professor da PUC/SP, Osvaldo Fontes Filho, doutor em Filosofia pela USP diz: "escrever é formular uma intenção, aceitar os limites do Ser, encerrá-lo numa taxonomia discursiva que de todo modo simula uma perenidade. Por isso mesmo somente uma escritura incoerente (incongruente) seria capaz de tocar o Ser "no ponto em que ele sucumbe"". É Como dizia Lispector: "Toda vez que escrevo eu morro"(acho que é algo assim)... eu acredito que o fato de pensar em escrever já me mata por fazer nascer as palavras, é como se houvesse uma troca,um sacrificio(não sei se é bem a palavra) em detrimento de uma necessidade expressiva... e pra terminar o escritor francês Georeges Bataille, dizia que "A diferença entre a experiência interior e a filosofia reside principalmente no fato de que na experiência o enunciado não é nada, senão um meio, e ainda, não somente um meio, mas obstáculo; o que conta não é mais o enunciado do vento, é o vento", é maravilhoso se perder, não acha?!

    bjão =*

    ResponderExcluir
  2. E como é! cada vez que morro quando escrevo, que me perco querendo me achar, volto revigorada e com mais cede dessa morte que faz nascer palavras e renasce em mim o desejo de ser ainda mais um Ser perdido.

    ResponderExcluir
  3. Hahahahaha... Tu sabe, eu poderia viajar horas, tratando-se de filosofia.

    Mas, me lembrei de um comercial da GVT: "para ser o mesmo: mude".

    Existe sempre uma essência, como também existe sempre a mudança.

    Justamente o vento. Ele é uma metáfora do Ser.

    Ele existe, tem essência, presença, singularidade, está sempre em movimento. Mas, jamais pode ser capturado, descrito, reduzido, fotografado, aprisionado, engessado.

    Sua existência mutante sempre se manifesta "através de".

    ResponderExcluir