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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O circo kroner na cidade de Belo caso

Eu estava deitado na rede, no terraço de casa, lendo um bom livro, e escutei sussurros que vinham de fora. Era meu primo na calçada de casa, dando entrevista, contando uma estória, que ouvi falar desde pequeno. Tal fato me chamou bastante atenção. Ele contava assim:

-Foi exatamente ali, moço. Naquele casarão velho azul, que tudo aconteceu. Abelardo sempre foi o braço direito do barão, depois que virou prefeito, nunca que ele iria traí-lo, nem deixar o barão lutar sozinho. Aí... veio os cangaceiros...bem, isso é o que contam por ai , né?! Afinal, já se passaram mais de 30 anos.

-Ok, ok! Obrigada senhor, tenha uma boa tarde. Felipe, você viu? Como ele falava desse tal Abelardo?Por qual motivo será que ele era tão fiel?

- Boa tarde, senhores! vocês estão querendo saber do caso que aconteceu no casarão?

-Sim, mas certamente o senhor não tem nada a dizer, tem?- falava o jornalista com olhar de nojo sobre meu primo, que depois de ficar pobre não quer sair da rua, virou mendigo.

-Tenho sim. Era o dia da posse do prefeito da cidade, ele era barão antes, tava muito feliz venceu do homem que sempre quis tudo que era dele. Ai.. Pra comemorar, ele resolveu chamar um circo. Sabe como é cidadezinha, num sabe?! O povo aqui sempre gostou de circo. Eu mesmo sou apaixonado por circo. É lindo demais! Aqueles bichos todos grandões, rodeando a gente, o picadeiro, aquelas mulheres, inclusive as que cospem fogo, os palhaços. Enfim, daí veio o circo. O nome dele era chique, ninguém sabia como pronunciar. Se chamava CIRCO KRONER. Bonito nome, né moço?! Então o carro de som passou anunciando, foi todo mundo pras portas de casa. Chega era bonito de vê. As mulheres e as crianças tudinho de olhinhos brilhando. Mas então, ai eu fui lá, noite de estréia, tinha que estar presente, afinal eu era um homem renomado aqui, eu era rico..

- Sim moço, mas conte logo a estória que nós temos pressa!

-Mas é assim moço, tudo começou no circo... vixe Maria, quer dizer.. O circo foi embora, ai saiu no jornal que estavam procurando uma tal de uma mulher que cuspia fogo, pois ela tinha sumido. Depois o prefeito estava precisando de um ajudante que as coisas da cidade é muito difícil fazer sozinho. Aí apareceu um homem, bonito, bem vestido. Ele tava procurando emprego, era novo na cidade. Então o prefeito deu o emprego pra ele. Mas moço, esse tal desse homem. Pese num Homem que defendia o prefeito.. Passaram-se anos e anos e ele lá! Sempre foi o braço direito dele. Aí, um dia... O tal barão que o perdeu a eleição naquela época morreu, e o filho dele deu pra achar que tinha sido o prefeito que só por ser rival, tinha mandado matar. A partir daí moço... tudo desandou, veio os cangaceiros... Todos empregados do homem lá das outras bandas, do tal filho do barão que morreu. Todos querendo matar o prefeito. Abelardo, seu braço direito, descobriu q eles estavam chegando; e como sempre muito guerreiro e fiel, foi defender seu patrão. Ele achou de tramar uma armadilha pra fazer com que os cangaceiros pensassem que ele era o prefeito. Então moço, não teve outra, eles chegaram, mas o pior foi que chegaram já atirando em tudo e em todo mundo. Só que só quem tava lá era o tal de Abelardo. O prefeito chegou, não acreditou, chorava feito um menino. Tinha perdido seu melhor amigo, seu braço direito. Ele se jogou no chão, em cima de Abelardo, sacudia ele, suplicava pra que ele não morresse, não deixasse ele só. Aí veio o povo pra tirar o prefeito de cima do corpo, foi assim que... Descobriram.

- Mas então quer dizer que Abelardo.. Que ele.. Ele realmente era ela?

- É meus senhores, era sim! Na hora de tirar o corpo do chão do casarão, foram tirar a roupa do rapaz pra limpar ele, NE?! Já que tava todo ensangüentado, mas aí... Viram que ele tinha seios. Depois o prefeito confessou que sabia de tudo. Na verdade, Abelardo era a tal cuspidora de fogo que tinha sumido do circo naquela época. Foi que o pobre do prefeito se apaixonou coitado. Só que ele era casado, tinha acabado de assumir a prefeitura daqui de bom caso. Abelardo era a outra do prefeito.

- Valdisney, meu primo, parou ai ....No tempo; ficou olhando pro céu. Quem sabe lá ele via o tal casarão, que realmente existira. Ou quem sabe ele tenha se perdido no fogo que saia da boca daquela mulher, que segundo ele, enfrentou todos, passou sua vida em traje de homem pra viver do lado da pessoa amada.

Se essa estória existiu?Não sei. O que eu sei é que ele amou. Realmente era rico, foi um barão, se apaixonou, teve um desgosto grande na vida, ficou pobre. Isso é o que contam meus parentes. Penso que ele realmente tenha se apaixonado. Talvez ele tenha sido esse tal barão que foi prefeito. Amou uma cuspidora de fogo. Hoje ele esta casado. O nome da sua amada? Ah... Ela se chama Loucura.

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