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domingo, 29 de maio de 2011

Pingos de vela


Sento-me muitas vezes nessa mesma cadeira e curiosamente ao sentar aqui o pensamento é sempre o mesmo. Também,  o que eu queria? Estou sentada num chão frio, de frente pra lua e ao meu lado umas graminhas e folhas secas que eu teimo em rasgá-las e ficar destruindo-as... Olhando o tempo passar, olhando e separando todas as suas "veinhas". É... Eu sei que é estranho. O vizinho passa e sempre dá um ‘boa noite’ como se tivesse pena de mim, da minha "loucura". Fora dessa grama e desse ritual sagrado de todos os dias, eu sou uma mulher madura, bem sucedida, com bastante persuasão e muito cheia de mim. Transformo-me quando sento aqui. Estou sob o olhar da lua, me sinto como me sentia no colo da mamãe quando tinha 5 anos. Ingênua, protegida, ainda assim... Insegura...! Corria sempre para o colo da mamãe pra pedir proteção. Assim é até hoje. Mas já não tenho como correr pro colo da mamãe. Corro pro colo da lua. O ruim é que nela tem todas as minhas marcas. Sabe aquela parte escurinha da lua, que tem gente que diz que é são Jorge? Na verdade são minhas marcas. Minhas dores dos amores, ou melhor, desamores que tive e tenho. Ao olhá-la é impossível não lembrar de cada um com tanta  clareza. E vejo o quanto ainda te fazes presente em meus dias. E se a sugestão for recomeçar, pensemos então que só podemos recomeçar aquilo que já foi começado. Portanto... Já nem preciso dizer quantos recomeços pensados findaram em lágrimas. Lágrimas são pingos de vela na lua.

3 comentários:

  1. Se é dor, tristeza, felicidade, conforto... Esse olhar pra lua desperta tanto sentimento.
    Bom ou ruim, essa visão é privilegiada.

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  2. Sim, ersos perdidos! E a causa da lua ter tanta beleza, são seus infinitos mistérios!

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