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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aquela que veio do mar

Graziela sofria.
Por desamor, sim sofria.
Seu nome traz a marca da alegria,
Mas ainda assim...ela sofria.

Por ele, não sentia amor.  E o que fazer com o rancor,
Que a falta de amor lhe proporcionou?
Rancor de si mesma. Que ao contrario de muitos,
Se doia por tudo. Por não amar quem queria lhe dar frutos.

Foi, foi Graziela.
Era ela. Estirada na Calçada,
Com as mãos toda oculpada
Por um som de sopro carregar.

Além de sangrar-lhe o coração
Numa lúcida emoção, marcou o nariz de vemelho.
Como palhaça do desejo, desejou  alguma ação,
Sem que ouvesse o desespero, da mais profunda nação.


De cor só tinha o sangue, o resto se fez filme antigo
Pintado de preto e branco.
Por dentro um choro contido.
É que um palhaço também chora, mas se esconde num sorriso.
Forjado e mesmo que infindo, mascarado; mas não bandido.

Graziela foi palhaça. "Riu" de um amor não vivido,
"Riu" da impotencia de amar,
Um homem quase desconhecido.

Suas asas ruflaram sem parar,
Em risos já nem contidos.
Num choro sem marejar,
Negava seu nome escolhido.

Alegria, queria significar,
Mas a vida trouxe outro destino.
Marina, a que vem do Mar.

A água veio e foi levar,
As dores que ela trazia.
Se foi sem respirar,
Mas ainda assim sorria.

3 comentários:

  1. *-----------------*
    emocionou pow'-' // avisa qnd for fzr outro desses q eu me preparo pra ler.
    Amo Tu!

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  2. Nossa que LINDO amiga!
    Leve mais impactante, singelo e forte!

    Continua assim... :D

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