Amar um ou os estados do amor é bem diferente de amar alguém. Amar o fato, o ato , a forma do amor não te faz um dia ser um só corpo, uma só alma. Apenas te regozija de felicidade até aparecer outro que te satisfaça, que tenha aquilo que você procura naquele momento.
As pessoas querem ser felizes no amor, mas não em amar. As pessoas sentem-se felizes por estarem amando. O que estão amando? O amor, a condição de amar ou a pessoa na qual divide o momento?
Não se escolhe a pessoa pelo tipo de amor que se quer ter, sequer temos a possibilidade de escolher. O que por vezes, caro leito, sinto que é onde fica a magia, mas das outras vezes me sinto impotente ao não poder amar quem o tenho amor, mas a quem deve amar não é a cabeça quem escolhe, deve-se amar aquele que se faz em todos os momentos razão da continuidade do estar junto.
Humanos são suscetíveis a mudanças , erros e besteirices, muitos por si só, muitos na intenção do bem. Pensar que estar a fazer o bem, não é fazê-lo propriamente dizendo. Até onde vai o egoísmo humano? Ficar e satisfazer um desejo. Isso é a coisificação do sujeito.
Estejamos atentos a aquilo que chamamos de amor, de amar.
O amor também faz doer. E aí quando sentimos nosso coração comprimido como naquelas garrafas, nas quais mandavam mensagens dentro, e levadas por esse mar cheio de correntezas que pensamos ser o amor, nos resta pedir que a nau que é a vida atraque no porto certo. Do contrario, seremos mais uma garrafa a ser procurada, mais uma garrafa sentindo-se abandonada.