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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cartas de um coração

Tudo bem que és sempre minha companheira, que até gosto de ti, mas Solidão, deixa-me em paz! Deixa-me ao menos respirar o puro ar. Permita-me conhecer o novo, o velho ou o que eu quiser! Não suporto mais essa tua possessão. Esse teu ciúmes! Esqueça-me! Sempre tem alguém a tua espera, vai...foge daqui! Corre, corre, querida! Prometo, não faço qualquer que seja o murmúrio. Ah, Solidão....Me permita ser feliz. Além do mais nunca vens só! A dor é teu capataz, aah infeliz!

12 de maio de 69
Obrigada, querida! Podes voltar. Tenho saudades das nossas noites, regadas vinho e ao vibrar das cordas do violão. Melhor impossível!
Te espero em breve...
12 de Agosto de 69
Solidão,

Viestes dentro do amor, não foi? Choro com sorrisos tristes, envoltos dum simulacro. Penso que se estás comigo nunca estarei só. Mas e esse vazio que me consome? Como fazer com tanto espaço em branco..?
Você nunca me responde! Te sinto, mas temo te perder. Quero amar alguém ou até mesmo você. Poderias me dar o endereço da felicidade?
12 de novembro de 69
Coração, 

Continuarás a sentir-te só se comigo insistires em viver! Não vees que a cachaça não te basta? Que o som do violão não é a unica coisa que te toca? Aah coração, fechasse as portas para o amor! Foste enganado pela paixão. Ela tem lá os seus feitiços. Mas se queres o novo, saibas então que posso quem sabe voltar. Junto com a dor, minha companheira de bar.  Mas haja com prudencia! Você é inteligente, rapaz! Seja o que for, mas continue a ser a mais pura essência do que se tem de melhor.
Com amor,
Tua companheira muda