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domingo, 24 de abril de 2011

Desumano

-Todo esse desamor me dá embrulho no estômago, falta de apetite, insônia e muito alagamento por dentro e por fora dos meus olhos.


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Ilusão, amargura, desamor.
e tudo se repete...
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E num sinal de fraqueza, orgulho e ainda assim fortidão, lá vai ela novamente tomar banho a fim de as lágrimas se misturarem com as águas, a fim de escoar toda dor que sentia, a fim de acabar com todo amor que possuia.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Queiras, meu anjo!

Os últimos dias sem lápis e papel na mão me foram sufocantes. Nada poderia me aflingir mais do que não poder (ao menos tentar) transcrever o que a tua ausência causa em mim. Perco meu tempo tentando ler, nas tuas ultimas letras escritas. Procuro cada vestígio alfabético teu ainda não lido. Me procuro nas letras achadas, me acho perdida em algumas de tuas canções. Tu não me matas com teu silêncio, mas permita-me te ver. Escorregar por entre teu rosto frio a minha mão tremula e te olhar nesses teu olhos tão negros, ainda que os meus estejam embassados pelo lacrimejar que nele se faz. Permita-me ainda em silêncio te abraçar e sentir mais de perto esse teu cheiro doce. Ah, meu anjo! Cadê você aqui para me proteger? Para onde fostes? Fostes sorrindo, soltastes minha mão dizendo que voltaria para me buscar. Aah, amarga mentira! Amarga mentira, que vem como o caju travando minha boca que suplica pelo beijo teu; pelos teus lábios macios, suaves, leve.
Um calafrio me dá n'alma só de lembrar-te abraçando-me. Queiras, anjo meu! Voltar à casa tua, que é teu este lugar. Nenhum outro anjo, semelhante a ti me deslumbrará. Se te bastar, ofereço-te este amor tão puro que quase se finda, mas ainda resta só para ti em meu coração. Queiras, anjo meu! Queiras-me, anjo meu!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Frevo canção

Oh,  triste melodia,
Que me lembra tantas folias
Que me traz tantas paixões
Ah... esse frevo canção!
Quantas são as marias
Nesse teu joão coração?
Calma, que ainda estou na euforia
do frevo do meio dia, da vassourinha,
do foleão

Tu me massacras noite e dia 
Cantas esse canto sincero
Que nessa linda harmonia
Interroga e massacra meu coração.
Doce vã agonia,
Com tantas outras valias
Fostes provar desse gosto
Doce, calmo é brisa e fogo
Que envenena toda a paixão.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Feito coisa sem valia

Entre um balanço e outro do carro o samba que toca no som acalenta um pouco o meu coração, samba de choro, chorinho de bossa, uma voz doce canta o desencanto de um amor. Fala da lágrima que em seu rosto rolou. Do aperto no peito que sentiu, dessa dor que tão forte apertou, uma dor bem saudosa, travosa como caju. Tudo isso num clima bem nublado, chuva grossa, enxurrada, relâmpagos e trovões embalam uma noite lenta e muito fria, feitas pra serem curtidas debaixo de uma coberta, com filme na TV e quem sabe um chocolate quente para os dois.
-Os dois?
- Sim! O casal perfeito, que se combinam muito, aqueles que se aquecem nesses dias de chuva, que tem um ao outro.
Mas meu dia teve tudo isso, samba, chuva, imprevistos, anoiteceu, relampejou, trovejou, ventou frio, muito frio, doeu bem forte, e ainda dói, amargou, tinha  filme e chocolate quente, um cobertor bem grosso, mas faltou alguém.
Então pego meu violão e começo a tocar aquela música de nós dois, a música da tragédia do nosso amor, aquela bossa quase fossa que mais ainda me amargou. Parei e peguei no chão uma folha amarelada solta feito qualquer coisa sem valia.era uma página velha de um diário, diário de outro alguém; uma história de uma garota que não estava feliz com o fim, pois não o queria. Olhei fixamente para aquelas letras e me pus a ler tremida e silenciosamente aquelas palavras, parecia então a minha história, que começa tão linda e do nada a autora, me parece que é péssima em português, não sabia se colocava uma vírgula ou um ponto final, mas se foi então como me pareceu, queria ela o amor do coração seu. Sabia bem que um ponto final, não seria apropriado, colocou  um ponto e vírgula, mas a pedido, arrancou a folha do seu diário.